1919

3 de Janeiro – Manifesto da Junta Militar do Norte, que se assume como herdeira do Sidonismo

12 de Janeiro – “Revolta de Santarém”, de cariz democrático, com a finalidade de derrubar as Juntas Militares sidonistas

18 de Janeiro – Início da Conferência de Paz em Versalhes. Portugal é representado por Egas Moniz

19 de Janeiro – Proclamação da “Monarquia do Norte” no Porto, que inicia um período de guerra civil. A reacção monárquica será derrotada um mês depois, dando origem à “Nova República”

24 de Janeiro – “Assalto a Monsanto”: derrota da reacção monárquica pelo Exército e por Batalhões de Voluntários

17 de Março Afonso Costa substitui Egas Moniz na Conferência de Paz 

Março – Regresso do C.E.P. a Portugal

Maio – Promulgação de um largo pacote legislativo com preocupações sociais, de inspiração socialista. Governo de Domingos Pereira, com participação socialista

28 de Junho – Assinatura do Tratado de Paz. Quionga, ocupada em 1916, é formalmente entregue a Portugal

14 de Julho – Festa da Vitória, em Paris. Participa um contingente português, constituído por 400 homens

6 de Agosto – Eleição de António José de Almeida para a Presidência da República

 

3 de Janeiro – Manifesto da Junta Militar do Norte que se assume como herdeira do Sidonismo

12 de Janeiro – Revolta de Santarém. Um bloco anti-sidonista (composto por democráticos e outros) resiste ao proclamado avanço dos Monárquicos, depois da morte de Sidónio

18 de Janeiro – Início da Conferência de Paz em Versalhes. A delegação portuguesa é chefiada por Egas Moniz e, mais tarde, por Afonso Costa. Reivindica indemnizações de guerra e a retoma dos territórios coloniais perdidos para os alemães

19 de Janeiro – Proclamada a Monarquia em Lisboa e no Porto.

24 de Janeiro – Ocorre a “Gloriosa Jornada de Monsanto”. A “rua republicana” armada e os militares recém-chegados do “front”desalojam os Monárquicos de Monsanto. A “Monarquia do Norte” só terminará a 13 de Fevereiro, depois da entrada dos republicanos no Porto. A guerra civil durara quase um mês.

27 de Janeiro - Toma posse um Governo de reconciliação nacional, chefiado por José Relvas. Dele tomam parte unionistas, evolucionistas, sidonistas, democráticos e um socialista

6 de Março – Um Decreto governamental abre um crédito de 100 contos para a construção de bairros sociais.

30 de Março – Toma posse o Governo de Domingos Pereira, um democrático. O Governo é de composição, mas tem uma maioria de democráticos. Inicia-se a “nova República velha”

Abril – Surto grevista, com participação de corticeiros, metalúrgicos e trabalhadores da Carris, da Companhia de Águas e da CUF. Defende-se a “acção directa contra o patronato e o Estado” e a greve ganha foros de greve geral. No Barreiro, Alfredo da Silva despede centenas de trabalhadores. A greve prolonga-se por Junho, o que leva o Governo a encerrar as sedes da UON e da Batalha. Depois de uma conciliação do Governo, o resultado salda-se por cerca de 1000 desempregados na CUF

1 de Maio – A UON mobilizou 30 000 trabalhadores, numa gigantesca manifestação para a época, em que se saúda a Revolução Soviética e se exige “a gradual e progressiva socialização da terra e da indústria”

7 de Maio – Decreto que estende a todo o território nacional as 8 horas diárias

10 de Maio – Um amplo pacote legislativo reorganiza a instrução primária, institui seguros contra acidentes de trabalho e reforma os serviços de assistência

11 de Maio – O Partido Democrático obtém a maioria absoluta nas eleições para Deputados. Os evolucionistas elegem 38 deputados, os unionistas 17 e os independentes 13

2 de Julho – Greve ferroviária, que se prolonga até Setembro. O Governo determina que os grevistas viajem à frente dos comboios, num vagão guardado por militares, para evitar os descarrilamentos. Ficará conhecido como o “vagão fantasma”

6 de Agosto – António José de Almeida é eleito Presidente da República

13 de Setembro – No II Congresso Nacional Operário, em Coimbra, é criada a Confederação Geral do Trabalho (CGT), com predominância do sindicalismo revolucionário, defensor da luta de classes e da revolução

1 de Outubro – Em Congresso, são aprovadas as Bases de um novo partido unindo os evolucionistas e os unionistas. Nasce o Partido Liberal. A ele se juntarão os centristas, em 26 de Outubro 

5 de Outubro – Publicação de A Bandeira Vermelha, órgão da Federação Maximalista Portuguesa, defensora de uma revolução “à russa”, criada no mês anterior

Dezembro – Na sequência das movimentações monárquicas do início do ano são afastados vários professores da Universidade de Coimbra, entre eles Oliveira Salazar

Augusto Casimiro publica Sidónio Pais: algumas notas sobre a intervenção de Portugal na Grande Guerra

Jaime Cortesão publica Nas Trincheiras da Flandres